quinta-feira, 30 de novembro de 2006

Ok, Juanito, eu faço forward por ti

----- Original Message -----
From: Juanito O Grande
To: Deus Todo-Poderoso
CC: tonicco
Sent: Thursday, November 30, 2006 9:33 AM
Subject: A Bela Hortense, A Saga de Hortense ou a Fuga de Hortense?


Caro D T-P,

Tens passado bem? E a família, está de boa saudinha?

Tenho andado para aqui caladito, mas só porque tenho tido uns achaques nas cruzes.

Mas não consigo conter mais em mim a dúvida que me atormenta. Eu sei que a vida continua. Que o sol põe-se levanta-se põe-se levanta-se põe-se levanta-se põe-se levanta-se põe-se levanta-se. E que hoje está um lindo dia.

Eu não duvido que, para o tio Sinouls, é a aurora de um dia de estufado. Apesar do desgosto, ele não se sente mal de todo. O seu programa funciona: Blognard e ele encontraram as disquetes respectivas, que tinham sido permutadas pelo criminoso. Tem menos dores no dedo grande do pé, graças a um remédio milagroso. Canta no banho:

Colchimax entra no osso
Gota a gota, gota a gota
Colchimax entra no osso
Vai-te embora, adeus ó gota.

Mas, apesar disto, fiquei sem saber se tu, D T-P, tens ou não caspa. E isto aflige-me, faz-me sentir pior das cruzes.

Ajuda-me.

P.S. - tonicco, como não sei se vou receber resposta de Deus Todo-Poderoso, podias dar uma ajudinha nisto? Agradeço antecipadamente.

Cumps,
JuaNyTu

terça-feira, 28 de novembro de 2006

A Saga continua



Hoje o benfica vai ganhar 4-0...eeeee a nossa defesa...seja melhor...ponham o Maiokoli!! ganhar...se o Maki marcar 3-0 semos campeoes do do mundo.


O Glorioso e as suas gentes

segunda-feira, 27 de novembro de 2006

A Chave


I


nquieta-me ver este blog um pouco nostálgico a respeito das questões da procura da felicidade, e encontrá-lo por vezes angustiado com amargos de boca a respeito das bifurcações não viajadas dos caminhos da vida, como escreve Sweetjane.

"Beleza Americana" (Sam Mendes, 1999) tem uma resposta a dar a Sweetjane. Isto porque a sua história demonstra como um homem de quarenta anos consegue desmontar, ao contrário de todos os que o rodeiam, o puzzle da infelicidade. Porque enquanto existir puzzle, não haverá felicidade. A própria ideia de peças separadas, a própria ideia de enigma que tem de se decifrar é a antítese da tranquilidade atenta que é no fundo o espelho do estado de felicidade. Veja-se a personagem Carolyn Burnham (Annette Bening), como o exemplo perfeito da pessoa que toma a felicidade como uma receita, como um puzzle, como algo que se pode atingir desde que se sigam as instruções... E o que acontece? Quantas mais peças Carolyn tenta diligentemente encaixar no puzzle, mais e mais infeliz se vai sentindo. Sem nunca perceber porquê.

O mundo tem-nos agarrados pelo pescoço por um braço musculado de mal-entendidos; ele apresenta-nos, vende-nos, um modelo de bem-estar, de sucesso material e de aceitação social que, simplesmente, não conduz à felicidade. E são aqueles que, como Carolyn, mais investem, e mais laboriosamente trabalham essa teia duvidosa, os que mais cedo podem constatar a sua ineficácia. O marido de Carolyn, Lester Burnham (Kevin Spacey), é o homem de quarenta anos que descobre o que mais ninguém consegue descobrir: a chave para a sua felicidade. E fá-lo como? Abrindo mão do emprego, abrindo mão da mulher, e abrindo mão das fúteis tentativas de manter um ambiente (só) aparentemente normal dentro de casa. Mas sobretudo, Lester deixa-se intoxicar pela beleza, como primeiro passo para o alcançar da felicidade. O jovem filho do seu vizinho, um rapaz chamado Ricky Fitts (Wes Bentley) que é colega da filha de Lester, confessa, a meio da história, para vergonha daqueles de nós que são infelizes por uma questão de medo: "por vezes sinto que há tanta beleza no mundo, que temo que o meu coração possa simplesmente ceder". Inquieta-me ver este blog um pouco nostálgico a respeito das questões da procura da felicidade (...) como escreve Sweetjane

Afinal quem está mais bem informado? Sweetjane, ou Ricky Fitts? Quem tem razão: as crianças em carrinhos de bébé que ao passar por nós, pessoas estranhas, esboçam um sorriso profundo de uma certeza convicta de que a felicidade é possível?, ou pessoas como eu, que embora lhes retribuindo quase sempre o sorriso, sente por vezes uma espécie de pena, por já antecipar o processo a que o mundo as irá em breve submeter?

Em "Beleza Americana", Lester Burnham, numa espécie de estado de graça, tem visões de Angela Hayes (Mena Suvari), a jovem colega de escola da sua filha, no tecto do seu quarto. Angela surge a Lester sobre um lençol de rosas vermelhas, o seu corpo despido polvilhado de pétalas, na posição da cruz. Metáfora poderosa esta, a de que a redenção do homem se pode atingir pela felicidade, e não necessariamente pelo sofrimento. Isto porque a obsessão inicialmente quase infantil de Lester por Angela vem precisamente a ser a primeira pedra do (afinal curto) caminho da sua felicidade.

Por vicissitudes da história, Lester morre no final do filme. O seu corpo é encontrado na cozinha, baleado na cabeça, um espirro de sangue perturbando o branco homogéneo dos azulejos da parede. Quem o encontra é o rapaz Ricky Fitts, e a filha de Lester, Jane. Ricky é quem se aproxima do corpo, e se agacha junto à cara de Lester. Contagiado pela felicidade que o rosto de Lester irradia, Ricky não consegue evitar sentir-se uma vez mais contagiado pela beleza que existe no mundo, mesmo que desta vez estampada na cara de um amigo que acaba de morrer. Quase esboça ele próprio um sorriso, mas apressa-se a contê-lo, porque Jane não o iria compreender. Afinal de contas, é o pai dela que está ali, morto.

Articulando muito poucas palavras, Ricky Fitts explica-nos ao longo do filme que a felicidade é perfeitamente possível, embora não necessariamente sinónimo de uma colecção de momentos agradáveis ou de situações confortáveis. A curiosidade, a abertura de coração e a perda do medo são as grandes vias abertas para se ser feliz.

O que dizer então a Sweetjane , e aos de nós com inquietações semelhantes? Talvez apenas que a felicidade pode exigir algum esforço; mas que este será tantas vezes menor quanto maior for a nossa curiosidade por aquela.

domingo, 26 de novembro de 2006

Cuidadinho




A nostalgia do não vivido

Poderiam as coisas ter sido diferentes? É uma pergunta que me ocupa parte do pensamento todos os dias. Se esta pergunta for acompanhada de uma certa dose de arrependimento, ou algo parecido, trata-se de nostalgia. Uma nostalgia por aquilo que não se chegou a viver. Se fosse preciso caracterizar através de uma palavra ou expressão do quotidiano, a nostalgia do “não vivido” escolheria “amargo de boca”. É uma espécie de pedra que ganha raízes no sapato, que nos incomoda todos os dias. Obriga-nos, constantemente, a perguntar “e se...”, deixando-nos convencidos que este ou aquele cenário, poderia ter sido melhor...ou causado maior felicidade. Sim , felicidade. É isso que procuramos, não? Não sabemos bem que forma assumirá, mas procuramo-la em muito do que fazemos.

sábado, 25 de novembro de 2006

000 - licença para vegetar

Caríssimas e caríssimos, recebi o seguinte e-mail que passo agora a partilhar connvosco:

Querida doutora sweetjane,
Sou agente secreta vai para mais de 30 anos e nunca disse ao meu marido. Ele julga que eu tenho um lugar. E realmente tenho mas isso é só uma fachada. Mas tal nada me incomoda, porque ele é ateu e eu também não me importo.
A minha especialidade é esperar pacientemente até que os alvos me entrem na loja, sózinhos. Costumo limpar-lhes o sebo arremessando violentamente um repolho em direcção ao nariz, numa trajectória ascendente que, por força do impacto, faz a cana do nariz recolher para dentro dos miolos. Ás vezes uso batatas, mas têm que ser grandes. E depois digo que tropeçaram na caixa das clementinas ou das cenouras e que bateram com o nariz no balcão.

Não sei bem para quem trabalho, só sei que é para uns gajos lá da internet e os gajos nem me pagam nada, mas eu não me importo pois ajuda a passar o tempo. De vez em quando o computador bolsa uns sinais e já sei que é a hora de eliminar mais um.

Veja lá, ó Drª que não sei porque carga de água o proximo é o meu marido, o que pouco me incomoda porque ele cheira dos pes que tresanda e já nem o posso ouvir escarrar todas as manhãs. Mas não sou eu que quero, são os gajos lá da internet, e eu pr'a eles, ó gajos lá da internet mas porquê este e eles moita e eu, ó gajos lá da internet mas porquê este, e eles moita.

Mas o que eu queria mesmo saber, ó doutora, é se a doutora acha que eu ponha uns implantes nas nádegas.

Aguardo impaciente a resposta. Adeus.

quinta-feira, 23 de novembro de 2006

Socorro, não sou igual à Claudia Schiffer...ainda.


Administrador de blog procura portadora de cabelos louros (mesmo pintados), que embora possa não ser particularmente inteligente ou informada sobre a actualidade, deve ter voz agradável e esforçar-se por não dizer “póssamos” ou “fáçamos”, estando disponível para deslocações frequentes, no país e ao estrangeiro. Oferece financiamento (a prestações e com ridículas taxas de juro) para uma liposucção às nádegas e coxas (se se justificar) para além de implantes mamários (mínimo copa 40). Remuneração compatível com a função. Dá-se preferência a louras que não tenham os dentes estragados e que sofram de flatulência. Enviar resposta com fotografia de corpo inteiro para administradorjuanito@visaocabo, até ao próximo dia 31 de Novembro, pelas 15h32m.

Socorro, não sou igual à Claudia Schiffer...


Claudia Schiffer ligou-me ontem para o telemóvel. Teve azar, porque eu estava em mensagens. Deixou-me um voicemail e eu depois liguei-lhe. Liguei-lhe, é como quem diz, mandei-lhe um kolmi para ela me ligar, porque da minha rede para a dela é um roubo. A pobre queria desabafar, porque parece que agora tem uma doida à perna que quer ser amiga dela à força toda, e só lhe liga para o móvel e para o fixo a toda a hora. Escreve num blog, segundo parece.

Aparentemente trata-se de uma mulher obcecada pelas hipóteses de mudança física, que acorda a pobre da Schiffer às 4 da manhã a colocar-lhe questões como "o teu cú foi pago a prestações, Claudia?", "Claudia, a felicidade de uma bela liposuccção infligida às gengivas é transitória?", "Não sejas egoísta, Claudia, e diz-me onde arranjaste essas nádegas".

Isto torna-se naturalmente aborrecido para a Schiffer, não só pelos horários absolutamente inconvenientes, mas até pelo facto de ela não falar português. As conversas tornam-se assim trocas mudas em que a pobre da Schiffer pouco mais diz do que "-Was?" "-Was?"... A doida em questão parece que escreve num blog, e coloca a Claudia Schiffer dilemas que chegam ao bizarro

A doida em questão parece que escreve num blog, e coloca a Claudia Schiffer dilemas que chegam ao bizarro. Segunda-feira às 7 da manhã lá tocou o móvel da Schiffer. "Guten morgen, Claudia", ouviu-se do outro lado, "Escuta, consideras aberrante uma intervenção que torne apenas a mama direita mais atrevida e apenas a nádega esquerda mais imponente? Acordei com esta ideia, o que te parece? Devo avançar?". "-Was?", foi o que a Schiffer pôde articular, ainda entaramelada da noite.

A sensação de impotência perante a inexorabilidade do tempo de que padece esta doida, e a sensação de impotência de Claudia perante o assédio de que é vítima, trazem a super-modelo agastada. Contagiada já em certa medida por estes medos e complexos, a Schiffer já denotou alguns comportamentos novos: procurando aproveitar ao máximo a sua beleza enquanto ela dura, e antes que se torne "velha e horrível e descaída e com cabelos brancos e desinteressante e velha e feia como uma pessoa que eu vim a conhecer" (como disse ao Frankfurter Allgemeine), Schiffer tem sido vista em bandos de jovens de 19 anos, pavoneando-se pela rua, nas praias, nas esplanadas, de umbigo à mostra, de tatuagens malandras e de piercings marotos. "Comecei a ter medo de ser mal amada", confessou a super-modelo. Isso, Schiffer, a cirurgia estética não cura.

quarta-feira, 22 de novembro de 2006

Concorrência desleal (parte II)



Podemos sempre considerar as hipóteses de mudança física (pagas a prestações) que a cirurgia estética hoje em dia proporciona, tornando acessível a muitas bolsas, a felicidade transitória de uma bela liposuccção infligida às coxas e nádegas ou de uma intervenção que torne os seios mais atrevidos e imponentes.

A sensação de impotência perante a inexorabilidade do tempo (e perante os bandos jovens de 19 anos que se pavoneiam pela rua, nas praias, nas esplanadas, de umbigo à mostra, tatuagens malandras e piercings marotos) é tanto maior quanto mais mal amadas formos. Isso, convém que se diga, a cirurgia estética não cura.

Arte Marroquina - Méchoui de Borrego


Ingredientes:

  • 4,5 kg de borrego ou uma sela de borrego
  • 450 gr de margarina
  • 3 dentes de alho
  • 2 colheres de café de sal grosso
  • 2 colheres de café de cominhos em pó
  • 1 colher de café de pimento doce
  • 1/2 colher de café de pimento picante
  • 250 gr de ameixas
  • Amêndoa filada q.b.
  • Agriões, coentros e hortelã
  • Sementes de sésamo

Preparação:

Retire com cuidado a gordura do borrego e ate-o com fio de cozinha. Faça incisões ao longo da carne, ficando com um aspecto de fatias grossas. Misture a margarina amolecida, os alhos bem picados, o sal, os cominhos e os pimentos. Unte bem a carne no interior das incisões. Deixe em repouso durante cerca de 2 horas, pelo menos. Aqueça o forno a 230ºC. Coloque a carne num prato que possa ir ao forno e, com o lado da gordura virado para cima, leve ao forno pré-aquecido durante cerca de 20 minutos. Depois desse tempo, reduza para os 180ºC e vá regando com a gordura de 15 em 15 minutos, até a carne se separar facilmente do osso (cerca de 2h 30m até 3 horas). Sirva numa travessa guarnecido com as ameixas, a amêndoa e raminhos de hortelã, coentros e agriões, polvilhado com sementes de sésamo.

terça-feira, 21 de novembro de 2006

Concorrência desleal (parte I)


Digo às vezes, à laia de provocação, às minhas amigas (as que têm a minha idade), que as miúdas de 19 anos nos fazem uma concorrência desleal, com aqueles atrevidos traseiros de mármore, aqueles seios firmes e aquela frescura inacreditável. Uma delas (das amigas, claro) diz-me que não. Que essas miúdas não nos fazem concorrência e que os homens da nossa idade não as preferem, quando comparadas com as mulheres da nossa idade. Dependerá dos homens da nossa idade e dependerá das raparigas de 19 anos. Não sei se depende de nós. Cá por mim sinto que somos um pouco como aquele grupo de amigas, no filme "When Harry met Sally", que revê, durante um dos seus almoços semanais, a lista dos homens disponíveis, desesperadas que estão por se sentirem a envelhecer sozinhas. Não que seja esse o meu caso. Mas o que está por detrás desse medo, não é só o pavor da solidão. É a dolorosa percepção de que não podemos voltar atrás. Os rabos descaem, as mamas também. Até pode ser que essas miúdas não me façam concorrência, mas a verdade é que, agora, por mais que me esforce, eu é que não lhes ofereço uma competição digna. Pode não ser a mesma coisa, mas o efeito é o mesmo.

segunda-feira, 20 de novembro de 2006

Grumos







Whatever? Right...

Já não engano ninguém (parte IV)

Sou, pois, uma "cota". Os miúdos e as miúdas de 20 anos tratam-me por "senhora". Já não engano ninguém. Esta expressão faz-me rir. Faz-me lembrar uma vez quando, menos de 2 meses após o nascimento da minha filha, fui a uma loja de roupa (onde invariavelmente me deprimo, sempre que me vejo ao espelho e de onde quero sair o mais rápido possível). Fui com a minha filha e com a minha mãe...3 gerações de mulheres...como nos filmes. A minha mãe comentou - a que propósito nunca irei perceber - que eu só tinha 32 anos e que acabara de dar à luz, ao que a empregada (uma dessas simpáticas miúdas de 20 anos) se apressou a responder "Ahhh...mas está muito bem conservada". Percebem agora, porque digo que sou uma "cota" e que já não engano ninguém?

Depressão é lucidez

Disserte-se, ainda e novamente, sobre o fingimento. Será verdade que é uma constante? Melhor seria saber que partes da nossa vida é que não são fingidas. Não têm por vezes vontade de mandar tudo à viola? Porque é que nos mantemos no "rame-rame" se só vivemos uma vez? É para dar dinheiro aos psicoterapeutas e justificar a sua existência parasita? Ou eles também fingem que ajudam a resolver os problemas que os outros fingem conseguir resolver depois de os consultarem? Quando é que temos momentos de lucidez? Quando nos deprimimos? Tal obrigar-nos-ia a redefinir a depressão. Depressão é lucidez. Parece-me que "a vida é um palco", hoje e sempre.

domingo, 19 de novembro de 2006

Sucesso & Tal

Já não engano ninguém (parte III)

Tenho 35 anos. Daqui a outro tanto serei velha. Na verdade não tenho grande interesse em mim própria e desgosta-me a minha aparência. Ainda mais, a falta de motivação para a mudança. E gosto de comer. Comer e não fazer nada que desgaste as calorias é uma combinação explosiva. Longe vão os dias em que partia corações...e gostava, fingindo sempre nunca saber que provocava esse efeito, mesmo que numa minoria.

sábado, 18 de novembro de 2006

E no entanto ela move-se.....

Este blog move-se mais rápido que a própria sombra. A sua evolução é estonteante. E já viram o ecletismo? Ou girará em torno do seu próprio eixo?

Já não engano ninguém (parte II)

Também eu finjo. Finjo não me importar com a minha aparência para não me confrontar com a desilusão. Finjo que a minha insatisfação é da minha exclusiva responsabilidade. E tenho cabelos brancos, aos magotes. Durante uns tempos nada fiz para os disfaçar, fingindo gostar deles. Agora, ultimamente, optei pelas madeixas louras com duas tonalidades diferentes, para tolerar melhor o crescimento do cabelo e para evitar que tenha que ir ao cabeleireiro todos os meses. Pois...é que também finjo não ter tempo para isso. É claro que esta opção só disfarça os brancos na minha imaginação. Que os tenho toda a gente vê...eu sei isso, mas pinto-os à mesma. Bem sei, é um pouco triste. Obedeço à ditadura da aparência...compactuo com ela por piedade para comigo própria.

sexta-feira, 17 de novembro de 2006

Já não engano ninguém (parte I)

Na verdade todas nós, todos os dias, fazemos sempre alguma coisa que se destina a enganar alguém, nem que seja a nós próprias.


Ou fingimos que estamos a trabalhar com afinco para convencer a nossa chefia, fingimos que somos mais interesantes, cultas e informadas sobre a actualidade social, politica e económica, do que na verdade somos, fingimos que somos mais activas e dinâmicas, mais imprescindíveis, do que o que a realidade e uma observação atenta revelariam.


Também fingimos que não vemos coisas que fazem os nossos subordinados, para não nos confrontarmos com eles, fingimos que somos rigorosas enquanto compactuamos com injustiças, defendemos valores de justiça e equidade e não os pomos em prática, exigimos tolerância e igualdade, enquanto secretamente somos racistas e preferimos que as mulheres que trabalham connosco não tenham filhos, defendemos a importância da família quando prestamos pouca atenção aos nossos filhos, defendemos os direitos das mulheres à igualdade no trabalho, mas medimos o seu sucesso pela dedicação ao trabalho (inevitavelmente em detrimento da família), impomos a outros elevados padrões de rigor e a isenção e somos as primeiras a encontrar secretas excepções para o tratamento diferenciado.


Mas não se assustem. Nada disto é "coisa tipica das mulheres".


És ser unicelular

Ó Rumsfeld tu és amiba,
És ser unicelular,
Parasita (de Arbustos amibas como tu),
Que é preciso esmagar

Esmigalhava-te todo,
Ó Rumsfeld de um cabrão
Com botas de cano alto,
Ficavas colado ao chão

Colado ao chão ficarias,
Ó Rumsfeld, qual chiclete
Que os putos se divertem
A atirar para a retrete

É uma ideia simpática,
A de para o esgoto te enviar
É pena que as ratazanas
Depois te tenham de aturar

Prezo muito as ratazanas
Ao pé de ti, esgaseado.
Porque em competência técnica
Te deixam eclipsado.

Esmigalhava-o todinho
Esse Rummie de um carago
Ficava todo espalmadinho
Esse Feldzito virago

"Os blogs fazem mal à Internet" - Mary Johnson-Fogherty

"A merda dos blogs vai acabar." Foi assim que Mary Johnson-Fogherty, Presidente da Fundação Johnson-Fogherty, gelou a assistência do almoço-convívio com o grupo Empresários do Multimédia e das Novas Tecnologias, hoje, no Lisboa Fórum. Havia crepes de camarão.


Mary J-F centrou a sua intervenção na muito actual polémica dos blogs que se fartam de ocupar espaço na Internet. Sem meias palavras, muito cedo a perita tornou clara a sua posição: "Acabe-se já com essa merda", defendeu, sustentando que "(...) a este ritmo de pessoas a publicar posts nos blogs e a fazer comentários aos posts que outros já lá puseram, estimo que ainda antes de 2009 possam ocorrer em Portugal os primeiros casos de refluxo da Internet".

O refluxo da Internet é um fenómeno cuja existência muitos peritos contestam. Defendem algumas personalidades do sector - como Mary J-Fogherty - que é fisicamente possível que, por falta de espaço na Internet num dado momento, o envio de qualquer informação para a Web - os blogs são aqui um perigo sistematicamente apontado - pode resultar em transbordância física de uma workstation que esteja online, qualquer que ela seja (seja a do utilizador que enviou a informação para a Internet, ou qualquer outra, em qualquer parte do mundo). Explicando melhor, "(...) o computador, literalmente, começa a bolsar para a secretária aquilo que não coube na Internet", alertou M J-Fogherty, perante o silêncio perturbado dos profissionais do sector, e o choro de algumas crianças que se encontravam na assistência.

Mary Johnson-Fogherty aproveitou a ocasião para apresentar o mais novo produto da Divisão de Consumo da sua Fundação, já disponível no mercado: as "Fogherty Toalhitas", especialmente desenhadas "para limpar e absorver a informação babada dos computadores ligados à Internet".

O delegado da PT-Multimédia ao evento desafiou Mary Johnson-Fogherty a provar as suas afirmações, contestando que, em 27 anos de experiência, jamais tinha visto um computador de secretária "bolsar". O perito defendeu ainda que "computadores a 'babarem-se de informação' só pode ser uma brincadeira, uma ficção."

O mesmo delegado da PT Multimédia viria logo depois a reagir mal às duas balas calibre 9 que Mary J-Fogherty lhe disparou em direcção ao crânio, sendo quase unânime entre os presentes que aquele responsável morreu ainda antes de se voltar a sentar.

O resto da intervenção de Mary Johnson-Fogherty decorreu sem percalços, com a generalidade da audiência a mostrar total acordo face às outras teses que a oradora principal foi apresentando.

Mais almoços-convívio estão previstos ainda em 2006, dada a premência deste tipo de temas da Sociedade de Informação. "Alertar para estas merdas é fundamental", comentou Mary J-F, à saída do evento.

Poetry in motion

"Balneário em lágrimas na despedida"

quinta-feira, 16 de novembro de 2006

Diário da República, sumário de dia 16

Gostei particularmente d' Os Mirones da Natureza...

Portaria n.º 1245/2006
Ministério da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas
Cria a zona de caça municipal Os Mirones da Natureza Zona II, pelo período de seis anos, e transfere a sua gestão para a Associação de Caçadores Os Mirones da Natureza (processo n.º 4499-DGRF)

quarta-feira, 15 de novembro de 2006

Demasiado dinamismo

Este blog é dos mais dinâmicos que tenho memória de alguma vez ter lido na Internet. As cartas começam a chegar, e é difícil processar toda a correspondência que temos recebido acerca dos posts deste blog... quero dizer, post (singular) deste blog.

Trata-se de um blog porventura dinâmico demais.

De futuro, a administração deste blog irá impôr limites ao número de posts, porque a Internet não é só deste blog, e as outras pessoazinhas também têm as suas coisinhas para dizer.

segunda-feira, 13 de novembro de 2006

Em boa hora bazaste

Mas que grande cabrão me saíste, ó Rumsfeld dum ganda cabrão...


Fizeste a merda e agora adeus meus amiguinhos, não é? Quem vier a seguir que limpe esta merda, certo?


Mas que cómodo.


Aaaaai, que grande número de cabrões "andem" aí, minha mãezinha.


Queres ver que esta cena por mais que se escreva aparece tudo na 1ª página? Ahh, isso é mesmo uma coisa a ver... não me parece correcto.

Queres ver que esta cena por mais que se escreva aparece tudo na 1ª página? Ahh, isso é mesmo uma coisa a ver... não me parece correcto.

Queres ver que esta cena por mais que se escreva aparece tudo na 1ª página? Ahh, isso é mesmo uma coisa a ver... não me parece correcto.

Queres ver que esta cena por mais que se escreva aparece tudo na 1ª página? Ahh, isso é mesmo uma coisa a ver... não me parece correcto.

Agora sim, acabou.