sexta-feira, 30 de março de 2007

quinta-feira, 29 de março de 2007

Quero ser pintora!

A minha filha de 4 anos já me diz o que quer ser quando for grande.


- Mamã, sabes o que quero ser quando for grande?

Respondo que não, perplexa pela determinação. Quando for grande, implica uma grande projecção temporal...ou teria sido uma expressão ouvida no infantário?

- Quero ser pintora!

Mais tarde percebi que na escolinha andavam a falar das profissões, e que o seu desejo já equacionava, ainda que incipiente, uma noção de futuro.

Mas depois pensei no quasi paradoxo entre profissão e vocação, para tantos de nós. Hoje creio que teria sido mais feliz se tivesse explorado mais as minhas vocações e os meus desejos. Podia ser hoje uma pintora (se tivesse dado asas a uma “vocação” que se manifestou por volta dos 14 anos) ou poderia hoje ser uma razoável pianista (não profissional, creio), se nessa mesma idade, tivesse dado ouvidos ao chamamento e tivesse sido mais convincente quando procurei persuadir os meus pais dessas mesmas ambições, chamamentos, vocações. Mas, na minha visão um pouco quadrada do mundo, herança de uma certa cultura sócio-educativa, não insisti muito. Foi pena, porque quando resolvi recorrer à orientação vocacional na escola secundária, os resultados (e fiz 3 testes em 3 momentos diferentes) foram sempre inconclusivos. Acabei por escolher um curso que não exerço e por exercer uma profissão para a qual não estudei.

E o mais incrível é que não só nunca imaginei onde estaria dali a 15 anos, como sou hoje incapaz de imaginar onde estarei daqui a outros 15. Talvez seja uma defesa contra frustrações específicas. Tenho por vezes a impressão de que a minha vida e as minhas opções, nomeadamente as profissionais, são tomadas em função de circunstâncias e não de factores objectivos e decisões conscientes. Não que me tenha dado mal. Sou relativamente bem sucedida. A sensação de frustração é mais “generalista”, porque nem se quer me posso queixar de má sorte.

Em compensação, aos 35 anos, comecei a aprender a tocar piano.

quarta-feira, 28 de março de 2007

O Meu Problema Com Deco


N


ão sigo religiosamente a vida da Selecção Nacional, mas tento estar a par do mínimo indispensável: saber quem decidiu abandonar a Selecção por estar em fim de carreira, em quanto vão e de onde vêm as ofertas de clubes para os maiores talentos da Selecção, quem são as novidades que pela primeira vez se estreiam em cada jogo envergando a camisola das quinas, quem está magoado ou em dúvida para dar contributo no próximo jogo, etc. .

Agora, quando os jogadores não me deixam estar a par do tal mínimo indispensável, aí eu vou aos arames.

Quando digo que não me deixam estar a par, estou a referir-me especificamente aos jogadores que, pura e simplesmente, desconversam. E o maior jogador de todos os tempos a desconversar é, sem dúvida, Deco.

Eu explico melhor. Véspera do jogo com a Sérvia: Cristiano Ronaldo é citado nos jornais como tendo vindo descansar os adeptos da Selecção, esclarecendo que “foi só um susto, e estou bem, e vou jogar”. No mesmo dia, por que motivo surge Deco na imprensa? - “Deco denuncia 926 zonas perigosas em Portugal”.

“Zonas perigosas”? Talvez se refira ao meio-campo da Selecção, pensei eu… Como não foi convocado, está a analisar tacticamente a Selecção... Mas achei estranho. Será que se conseguem identificar 926 zonas no meio-campo? Pareceu-me estúpido. Mas lendo com mais atenção, percebi que Deco se referia a “zonas de perigo nas estradas”, fruto de uma “pesquisa” que terá levado a cabo “entre Maio e Fevereiro”, após a qual terá concluído que “os problemas em 650 das estradas continuam por resolver”.

Mas o que é que este jogador anda a fazer?! A jogar futebol, ou a analisar as estradas?!... E como é que o Barcelona lhe dá o tempo suficiente para andar a analisar as estradas em Portugal, país onde nem sequer Deco reside?!

Mas Deco não é novo nestas situações… Pode estar-se à beira de grandes jogos, não importa.... : Deco surge na comunicação social portuguesa a propósito de coisas que não têm nada a ver com o jogo, nem com o clube, nem com futebol... Mas isto compreende-se?!

Pouco antes do jogo entre Benfica e Barcelona da passada edição da Liga dos Campeões, enquanto jogadores de um e de outro clube vinham a terreiro antecipar o embate, Deco surgia nos jornais identificando… "(...) o melhor seguro disponível em Portugal, para o ramo Multi-Riscos/Habitação", distinguindo as soluções "para quem vive em apartamento" de outras "mais adequadas a quem vive em outro tipo de habitação".

A minha pergunta é: onde é que anda a cabeça deste jogador?!

Diz-se que Scolari já não conta com Deco na Selecção, por considerar que o jogador poderia perfeitamente ter adiado a operação à mão a que foi sujeito, de modo a estar disponível para o passado jogo com a Bélgica e para o de hoje, frente à Sérvia. Mas na minha opinião, os motivos de Scolari são outros: não é, simplesmente, razoável obrigar o Seleccionador a trabalhar com um jogador que está mas é mais preocupado em fazer "estudos" pelos quais vem depois "concluir" que “os médicos receitam antibióticos a mais, e que muitas farmácias os vendem sem prescrição” (sic).

Quanto a mim, o que aconteceu é que Scolari se fartou.

E com toda a razão.

terça-feira, 27 de março de 2007

Famous last words

Hum, hum, dizia ele, enquanto fingia prestar atenção ao que ela dizia. Estava perdido nos seus pensamentos e de quando em vez assentia com a cabeça. A gaja era boa, mas só falava de coisas profundamente desinteressantes. Qualquer coisa sobre o seu local de trabalho, a forma como se sentia desvalorizada, o relógio biológico, a casa de férias da família, na Granja. Até do trânsito falava. Falava pelos cotovelos. Parecia genuinamente acreditar que a sua função era falar enquanto a dele era ouvir. Talvez quisesse impressionar no primeiro encontro, talvez não lidasse bem com o silêncio.

Para ajudar, as conversas no restaurante, nas mesas à volta da deles eram infinitamente mais estimulantes, quanto mais não fosse pela exigência implícita de serem decifradas, o que impunha tentar perceber meias palavras, tirar umas pelas outras.

Isto não vai a lado nenhum, pensava ele, enquanto dizia hum, hum, até que foi subitamente interpelado por ela, que dizia em tom de simultânea mágoa e desafio:

- Não me estás a ouvir...

Jurou-lhe que sim, com ar de inocente pecador. Jurou-lhe que ouvira tudo.

- Ah sim? Então como é que se chama o meu anel?

Foda-se, agora é que me apanhaste, não faço puto ideia, pensou ele, sorrindo. Nem se havia dado conta que ela tinha um anel. Em compensação já decidira que o soutien era copa 40, embora ainda estivesse indeciso quanto ao melhor dos números, 6 ou 9, que ela exibia na justa camisola desportiva, um de cada lado da profunda clivagem. Portanto, se nem tinha visto o anel, quanto mais ter percebido que este tinha um nome. Respondeu-lhe que o anel se chamava “jack”. Ela ficou tocada. Respondeu-lhe com uma certa categoria:

- Não, não é “jack”! (abanou a cabeça de forma deselegante e ofendida, com ar de escarninho, enquanto pronunciava “jack” lentamente). Chama-se “japanese garden”. Com “jack” só existe o “jota” em comum. Não estavas com atenção à conversa.

Apesar da conlcusão óbvia com que a outra rematara a frase, jurou-lhe que estava com atenção. Tanta que até ouvira, através dela, a conversa da mesa que ficava atrás, em que alguém falava de um tal “jack”. Ela seria um tanto ou quanto estúpida mas tudo tem os seus limites.

- Devia ser o “jack o estripador”,

dizia ela enquanto se levantava, empunhando a faca, ameaçadora. E continuou,

- Somos casados, por acaso, para que ignores o que eu digo?

O guardanapo caiu no chão, quando se levantou. Ele olhava para ela, mesmerizado. Enquanto ela se afastava em direcção à saída, o seu telemóvel tocou. Era mesmo estúpida. Em todo o caso, aquilo não ia mesmo a lado nenhum.

quarta-feira, 21 de março de 2007

Coisas A Fazer Se Está Aborrecido

N


a sociedade actual, onde à hiper-conectividade técnica se contrapõe a dramática sub-conectividade social, não são poucas as vezes em que o indivíduo dá por si vítima do tédio e da chateação difusa. Daí à agressão dirigida a pessoas inocentes - muitas vezes aquelas de quem mais gostamos - vai um passo muito pequeno, que urge evitar.

F.I.D.S., como sempre, está de estetoscópio encostado ao peito da sociedade civil, identificando sibilos, controlando a sístole cívica e cronometrando a diástole social. Às vezes até fazemos gráficos e apresentações PowerPoint, que, não raras ocasiões, enviamos a Steve Jobs (até agora, Jobs nunca nos respondeu, provavelmente por não falar português).

Mas nada disto vem agora ao caso. Seguem-se sugestões F.I.D.S. para contrariar o tédio ou a revolta contida, seja pela vida em geral, seja por aquela cabra que o anda a chatear no emprego, ou por aquela puta envernizada que, sem uma razão perfeitamente identificável (e quem diz que é preciso?), simplesmente o irrita...

Sugestão 1) Faça o estilo alce:

Sugestão 2) Mister elefante:


Sugestão 3) Choque a sua sogra com a avestruz:

Sugestão 4) Aqui vem o canguru:

Sugestão 5) Cansado? Faça a foca:

Sugestão 6) Sem energia? Mister frog

Sugestão 7) O esquilo é um clássico:

Sugestão 8) Arranje vida própria

terça-feira, 20 de março de 2007

Tired Little Girl Throws Epic Tantrum

Esta manhã a minha filha, de 4 anos, fez uma birra monumental. Não seria nada do outro mundo se eu não estivesse muito pressionada pela realização de uma reunião agendada pela chefe, com início às 9h da manhã.

A birra nasceu não sei bem de que microscópico episódio, convertendo choro em gritos, acompanhada de uma determinada e despropositada retenção da urina, de agitação e coices, sempre que procurei chegar à razão, abraçando-a ou aquietando-a. Aliás, o mais fácil foi pensar que esta birra foi propositada, por saber que eu tinha especial interesse em despachar-me, esta manhã.

Também a minha irritação, stress e frustração foram crescendo, em função do crescente descontrolo desta birra, e com a implacável passagem dos minutos. E foram cerca de 40, os minutos que se passaram nisto. Quanto mais tudo crescia menos capacidade tive para tentar perceber o porquê. Mas eu bem sabia que o motivo não poderia ser circunstancial e sim muito objectivo, inconsciente, mas objectivo.

Vesti-a e lavei-a, mal e porcamente, lidando com a sua obstinada e sonora falta de colaboração.

O chichi finalmente libertado, a ida para o carro e o pequeno almoço, vieram introduzir uma pequena mudança que, felizmente, diminuiu um pouco o volume sonoro e a convicção dos protestos. Já no carro, enquanto tomava o seu "leitinho do ursinho azul" e já com a fome matinal finalmente aplacada (a qual também, julgo eu, tinha contribuído para o crescendo da birra), mas ainda sem querer dar o braço a torcer, manifestou-me, de forma ainda entrecortada por soluços, que eu não a tinha deixado dizer uma coisa, procurando, assim, justificar a birra. Dizendo-me, desta forma, que afinal havia um motivo para aquela reacção matinal, e sobre o qual eu nada sabia.

Também eu já mais calma e recomposta, já disponível para reflectir, disse-lhe que se ela não dissera o que queria tinha sido porque estava a chorar muito e demasiado alto, sendo, assim, difícil dizer-me o que quer que fosse. Disse-lhe calmamente que compreendia que ela estivesse triste e zangada comigo e com o pai, porque na noite anterior nós tinhamos chegado a casa tão tarde que ela já não nos vira, adormecendo na companhia da avó. Ou seja não aplacara a ansiedade de nos ver chegar, antes de adormecer.

De facto, ontem foi um dia difícil de trabalho, pouco habitual e muito cansativo. Ela sabia que tal ia acontecer, não foi inesperado, tínhamos falado calma e antecipadamente com ela, mas o entendimento subjectivo foi o do abandono, e o impacto afectivo foi o medo de nos perder. Esta manhã tinha sono e estava zangada connosco. Perguntei-lhe, em todo o caso, que coisa era essa que me queria dizer.

Respondeu-me, agora já calma, após alguma hesitação e reflexão:

- Eu queria dizer que tinha uma coisa para te dizer e tu não deixaste, só que agora já não me lembro da coisa que queria dizer.

E esta hein?

segunda-feira, 19 de março de 2007

O mundo já existia antes de eu nascer?

Uma das mais maravilhosas pessoas que tenho no mundo é a minha filha. Vê-la crescer é fenomenal e sinto-me privilegiada por poder testemunhá-lo.


Com 4 anos, a noção que ela tem do tempo é ainda limitada. Sempre que falamos de acontecimentos em que estive envolvida, na minha vida antes dela nascer, ou de episódios de quando eu própria era miúda, fica com um ar sonhador, mesmo perplexo, e pergunta-me, curiosa, pestanejando os seus grandes olhos castanhos

- Mamã, e onde é que eu estava?

Quando lhe respondo que ainda não era nascida ou que ainda nem sequer estava na barriga da mamã, fica desconfiada, como se não visse vantagem na existência de um mundo anterior ao seu nascimento.

A (in)compreensão do “antes de mim”, nesta idade, é semelhante à (in)compreensão do que significa morrer.

Nestes últimos tempos temos visto filmes de desenhos animados em que existem personagens que ficam órfãos. Dei-me conta, no outro dia, que ela percebeu, no seu pequeno grande coração, o que significaria perder os pais, porque se identificou com o Marco. Lembram-se do Marco? “Era um porto, italiano...”? Puro sadismo em forma de desenhos animados. Bom, adiante...

Encostou-se ao meu braço e disse com ar decidido

- Mas eu não vou ficar sem ti!

Abracei-a enternecida, e beijei-a desenfreadamente, desesperada por não lhe poder jurar que isso jamais acontecerá. Disse-lhe que também eu não queria, nunca, ficar sem ela!

terça-feira, 13 de março de 2007

"Por falta de apoios, espantalho já não vai ao Guinness"


À


primeira vista, julguei que a notícia tivesse a ver com o acompanhamento do processo de despedimentos em massa na Administração Pública que o nosso Governo leva actualmente a cabo. Pensei que o título daria conta de que o Primeiro-Ministro se está a atrasar, sabendo-se que, a meio do mandato, ainda lhe falta pôr na rua um pouco mais de 69.000 pessoas para cumprir os ambiciosos objectivos que estabeleceu há coisa de dois anos atrás. O tempo começa a escassear, e o espantalho correria o risco de ”não ir ao Guiness”, em sentido metafórico.

Mas não. A notícia tem a ver com espantalhos normais, daqueles que vestem mal. Daí que eu tenha descoberto logo à terceira linha que a notícia não poderia ter a ver com José Sócrates. Então se eu falhei por ter percebido mal, porquê estar agora a escrever sobre a notícia? É que mesmo não tendo directamente a ver com o Primeiro-Ministro, não consigo deixar de pensar que a frase “Espantalho já não vai ao Guiness” resume extraordinariamente bem não só o estado actual do nosso país, como o estado psicológico da maioria dos portugueses.

De certo modo, estamos a tornar-nos num grande espantalho europeu, e resta-nos agora apostar (dentro do reduzido leque de possibilidades que se colocam a uma figura tão pouco polivalente como um espantalho) em diferenciar-nos pelo tamanho físico: Ena!, só de imaginar um dia sermos “o maior espantalho da Europa, ou talvez até do MUNDO!!”… A agro-pecuária francesa, a indústria alemã, a banca espanhola, todos eles vergados perante nós, reconhecendo humildemente: “Sim senhor, que grande espantalho tendes! É obra, temos de reconhecer!”. Tomem lá e embrulhem!, disto não sabem vocês fazer.

Refere a notícia que, no final da nona edição do “Macinhata Espanta”, no ano passado, as organizadoras do evento, cansadas e desiludidas, “(…) já nem sequer recolheram as centenas de espantalhos, espalhados pela freguesia. “Deixámo-los morrer como morrem os espantalhos: deitados no chão”, dizem, lamentando nunca ter havido a preocupação de colocar placas de localização do evento.” Com Portugal é a mesma coisa: parece nem sequer haver a preocupação de colocar placas de sinalização alertando para o facto de ainda existirem pessoas dentro do País. É que ainda sobram algumas, embora se reconheça que só atrapalham.

A emergência deste novo modelo de desenvolvimento para Portugal já tem, aqui e ali, os seus ecos. A espantalhofilia, como novo paradigma de especialização produtiva, parece encontrar apoio em personalidades como o Prof. César das Neves, que ainda ontem, no DN, alertava para o facto de os portugueses viverem excessivamente preocupados com realidades longínquas, que, bem vistas as coisas, não só não lhes dizem respeito, como também não têm impacto real nas suas vidas práticas. Os portugueses, elabora o Prof. César das Neves, preocupam-se em julgar sumariamente as acções de pessoas que não conhecem pessoalmente, de Bill Gates até membros do Governo, intoxicados que estão pela opinião em segunda mão de “comentadores” de autoridade questionável. O Prof. César das Neves prossegue indignando-se com o facto de qualquer “merceeiro” ou “taxista” se arrogar o direito de julgar acontecimentos que se passam lá muito longe, protagonizados por pessoas que nem o taxista nem o merceeiro conhecem. Não se limitando a criticar, o Prof. César das Neves ajuda a procurar uma via melhor, e é então que vem defender o regresso nostálgico a uma espécie de “media de proximidade”, referindo, a título de exemplo, a “botica da esquina”, onde, até há bem poucos anos atrás, bastava entrar para se ficar a saber tudo o que realmente importava para a vida de cada um. No fundo, digo eu, trata-se de desligar a CNN e ir mas é à Dona Aurélia.

Da tese do Prof. César das Neves à economia do espantalho que aflorei ao início, é um salto muito pequenino, mas que urge dar se queremos apanhar o nosso lugarzinho no grande comboio europeu (ainda que no vagão das mercadorias).

Num país onde menos de um terço da população activa tem o Ensino Secundário completo, o que o Prof. César das Neves parece vir propor é que ninguém vá além da sua chinela, e que cada um se preocupe mas é com o que lhe diz respeito, ou seja, com o que acontece no seu bairro, e com as pessoas que cada um conhece pessoalmente.

O país do maior espantalho do mundo, António Oliveira Salazar como “Grande Português”, o recentramento da opinião crítica dos portugueses no bairro de residência… Já não era sem tempo vermos começar a emergir um novo padrão de modernidade para Portugal.

quarta-feira, 7 de março de 2007

É impossível não sentir ternura!

As minhas deambulações na blogosfera levaram-me até aqui. Nao pude ignorar. Ora vejam:

quinta-feira, 1 de março de 2007

Fugas para a frente

Um dos truques para que, de vez em quando, nos possamos aventurar no árduo campo da mudança poderia chamar-se uma fuga para frente. O cobarde que se aventura na frente de batalha, protagoniza-a. Procura assim exorcizar os seus maiores receios. No quotidiano, poderíamos dizer que a fuga para a frente significaria colocarmo-nos, propositadamente, perante um acontecimento que gostaríamos de evitar, tendo em vista ser-nos impossível fugir à mudança (positiva) que este pode desencadear. Mas isso implica consciência do caminho que se quer percorrer. O que impede que o percorramos é a preguiça, o comodismo... e sim, o medo.

Quando esse caminho nos é (ainda?) desconhecido, pergunto-me se procurar ou pôr em prática pequenas estratégias para manter algum entusiasmo, que nos defenda do marasmo em que, dia após dia, vamos gastando banalmente a nossa existência, uns melhor que outros, outros mais sortudos que alguns, alguns ainda mais que outros, serão fugas para a frente. Aceitam-se exemplos.