sexta-feira, 11 de maio de 2007

Ainda Sobre a Questão da Não-Inscrição



S


ó uma nota sobre o post de Sweetjane, ou de José Gil, ou lá quem foi (confundo-os aos dois, e tenho de fazer-lhes perguntas-teste para os distinguir ao telefone, por exemplo, já que fazem gosto em não se identificar).

Não tenho dúvidas acerca da importância do papel de Portugal. Seja ele muitas ou poucas vezes "inscrito", ou médias.

O nosso drama - nós, as pessoas que todas juntas fazem Portugal - é o "entrementes". O que eu quero dizer com isto é que o que é dramático é não termos guião para o "intervalo", e que essa é a fonte de todas as "não-inscrições", e frustrações e sensações de impotência. O que estou a dizer é que Portugal serve para ser chamado nas alturas maiores. O problema das alturas maiores é que não estão sempre a acontecer, e há grandes espaços de tempo entre cada "altura maior". A isso eu chamei, atrás, de intervalo.

Nas alturas maiores, Portugal responde e irá responder, como soube já responder, e vai saber o que fazer e como o fazer, de uma forma de tal modo inata, que todos irá deixar caídos em espanto.

Mas não estamos numa altura maior. Estamos em intervalo. E de tal modo importante é o papel de Portugal, que Quem lho outorgou descurou de pensar em qualquer outro papel para quaisquer outros momentos que não os que Tinha em mente.

Por isso a nós cabe simplesmente saber preencher melhor esta "ponte". É apenas isso. Conseguido esse desiderato resolver-se-á boa parte da frustração, e da "não-inscrição", e de todas essas coisas que, na realidade, são de somenos importância.

Porque, para o que está para vir, estamos mais do que preparados.

Porque já fomos escolhidos. E lá no fundo sabemo-lo.

3 comentários:

sweetjane disse...

Achas que o fim do intervalo anda vai ser durante a nossa geração, ou na dos nossos filhos?

Quando é que a nossa sociedade civil se organizará, consistentemente, para influenciar a agenda política? Para quando a ideia de que o Estado somos nós?

Já sei. Pare depois do intervalo.

Juanito disse...

Não percebeste o meu post, Sweet. Mas, conhecendo-te, já o esperava.

Stella Nijinsky disse...

Mais do que preparados, certamente!
(Será que esta afirmação faz parte do surrealismo deste blogue? :-)
Fiquem bem!