sábado, 2 de dezembro de 2006

A nostalgia do não vivido...sem chave

Na verdade, durante muito tempo, acreditei que teria sido mais feliz do que sou, se tivesse feito outras opções, nas encruzilhadas da vida; não era, então, para mim, claro, que a realidade não enformava na minha idealização do possível.

O tempo (ainda esse inexorável elemento) muito contribui para mitificar pessoas, sentimentos, possibilidades. Pude senti-lo sempre que fui ao encontro da idelização do possível. O possível idelizado nunca é o real. As pessoas reais não são as mesmas que fixámos na nossa cabeça. São outras. Têm elas próprias aspirações e formas de olhar o mundo que apenas num momento (e quiçá num espaço, simultaneamente) nos pareceram semelhantes às nossas. As encruzilhadas, nem sempre o são, realmente. Precisamos delas para valorizar ou desvalorizar o que temos no presente, em resultado de escolhas ou circunstâncias.

4 comentários:

Anónimo disse...

Iááá´, 'tão não? Não te trates não...

Anónimo disse...

Podes por favor explicar melhor a diferença entre as encruzilhadas e as escolhas? Porque precisamos delas, para justificar as escolhas? Não é uma redundância?

Juanito disse...

Mary, tu vais na estrada (imagina). A estrada bifurca (imagina). Tens de decidir por onde vais (imagina). A tua decisão de ir pela esquerda ou pela direita ("opção") não se confunde com a bifurcação ("encruzilhada") propriamente dita. Entendes? Claro que precisamos das encruzilhadas para fazer escolhas. Nunca sais da auto-estrada quando atravessas um viaduto, pois não?

Anónimo disse...

Não entendo bem estes posts, que se vê bem que são de pessoas que estudaram muito, e são de um nível, portanto, muito nivelado, mais nivelado que o meu. Mas gosto sempre de ler, e gosto sobretudo quando põem fotos de gajas lindas, porque ajuda à compreensão do texto.